Honestamente, a economia está mesmo em recessão, e talvez seja uma coisa boa.

Não se precipite, a lógica é bastante simples. Agora, a economia dos EUA é como um tumor maligno dentro do corpo — a inflação. E o que fazer? Fazer uma cirurgia para removê-lo. Basta olhar para a história para perceber que, assim que as taxas de juros ultrapassam os 5%, geralmente é preciso usar a recessão como a faca cirúrgica para resolver o problema.

Por que essa abordagem tão radical? Porque a recessão é a maneira mais direta de eliminar a inflação. Se você ficar hesitando e optar por uma terapia conservadora, a inflação e a economia vão entrar em uma luta de vai-e-vem, e no final, talvez não consiga cuidar de nenhum dos dois.

Em outras palavras: o Federal Reserve é o cirurgião principal, e os EUA são o paciente na mesa de cirurgia. Cortar pode causar sangue e dor, mas é sempre melhor do que arrastar o problema e arriscar a vida.

Se não fosse o Trump no poder, essa cirurgia talvez já tivesse sido concluída. Uma solução rápida para resolver tudo, uma recessão rápida, e recomeçar do zero. Mas agora, não dá — Trump consegue tolerar uma recessão durante seu mandato?

Impossível.

No começo deste ano, a recessão ainda podia ser culpa do Partido Democrata, mas já faz um ano, e se acontecer algo no próximo ou depois de amanhã, vai afetar a eleição de 2026. Portanto, para manter a imagem e conquistar votos, ele precisa usar todos os meios possíveis para manter os dados econômicos favoráveis, pressionando o Federal Reserve a cortar as taxas e prolongar a vida da economia.

Essa é a atual encrenca: o Federal Reserve quer fazer cirurgia para tratar a doença, e Trump insiste em dar ao paciente um estimulante forte.

Entendeu? É assim que o Powell está passando por esses dias difíceis. Quando chegar maio de 2026, e seu mandato terminar...