As moedas de privacidade podem estar sentadas em cima de uma bomba-relógio. O mecanismo de assinaturas em anel da Monero—a tecnologia que embaralha os rastos das transações—pode desmoronar assim que os computadores quânticos amadurecerem. Estamos a falar de talvez uma década, talvez quinze anos.

Aqui está o ponto-chave: todas as transações Monero que estão a acontecer neste momento? Estão a ser registadas. E quando a desencriptação quântica se tornar viável, essas transferências "anónimas" podem, de repente, tornar-se um livro aberto. Basicamente, uma exposição retroativa.

Entretanto, a Zcash continua a promover a sua atualização Tachyon como uma armadura resistente à computação quântica, que supostamente já faz parte do protocolo. Se isso se confirma ou não, continua a ser debatido, mas o contraste é evidente.

É provável que alguns agentes estejam a armazenar dados de blockchain enquanto falamos—uma estratégia de "recolher agora, desencriptar depois". A privacidade que pensa ter hoje pode evaporar-se amanhã quando a tecnologia apanhar o ritmo.