Quais são os principais riscos regulatórios e de conformidade para criptomoedas em 2025?

Explore os principais riscos regulatórios e de conformidade para criptomoedas em 2025. Desde a evolução da posição da SEC até as mudanças na tributação global, entenda os impactos sobre as instituições financeiras. Conheça as quedas expressivas nos ativos de ETF e os novos acordos internacionais de tributação. Este conteúdo, direcionado à alta gestão financeira, apresenta uma análise detalhada dos desafios emergentes e das legislações fundamentais para o desenvolvimento de estratégias de compliance eficientes.

Regulamentação de criptomoedas pela SEC segue indefinida em 2025

Em 2025, o ambiente regulatório das criptomoedas continua marcado por incertezas e expectativas em constante evolução. O presidente da SEC, Paul Atkins, apresentou o "Project Crypto" em novembro de 2025, com o objetivo de estabelecer classificações mais claras para diferentes tipos de ativos digitais sob a legislação federal de valores mobiliários. Atkins afirmou que "a maioria dos tokens cripto negociados atualmente não são valores mobiliários", sinalizando uma mudança potencial em relação às posturas anteriores centradas na fiscalização.

Apesar desse posicionamento, os mecanismos de fiscalização permanecem ativos. A SEC segue aplicando normas antifraude e coordena esforços com a CFTC para combater manipulações de mercado em ativos digitais que não se enquadram como valores mobiliários. O órgão também publicou FAQs detalhados sobre atuação de corretoras, requisitos de custódia e registro de agentes de transferência para ativos digitais e blockchain.

Os avanços recentes evidenciam progresso regulatório, mas também reforçam as incertezas. A revogação do Staff Accounting Bulletin 121 em janeiro de 2025 eliminou barreiras para a custódia institucional de ativos digitais, permitindo que bancos e fundos de investimento atuem com mais liberdade nesse segmento. Ao mesmo tempo, a SEC esclareceu pontos sobre staking, mineração de criptomoedas e produtos negociados em bolsa, buscando orientar o setor onde antes predominava indefinição.

Mesmo com essas iniciativas, uma legislação federal abrangente ainda é crucial para consolidar o arcabouço regulatório necessário, tornando a estabilidade normativa dependente tanto das ações administrativas da SEC quanto do avanço no Congresso.

Mais de 50 países adotam regras globais de imposto mínimo

O cenário tributário global passou por mudanças profundas, com mais de 50 jurisdições implementando as regras do Pilar Dois via o Marco Inclusivo da OCDE. Esses esforços conjuntos visam estabelecer uma alíquota mínima efetiva de 15% para o imposto corporativo sobre grupos multinacionais, remodelando a política tributária internacional.

A União Europeia liderou o processo de implementação, junto com vários parceiros comerciais que já adotaram estruturas completas de conformidade. Pesquisa do Penn Wharton Budget Model analisou as alíquotas efetivas para 51 países segundo a proposta da OCDE, apontando que todos os participantes — exceto Canadá e Reino Unido — terão aumento na arrecadação de impostos sobre operações internacionais em relação à legislação atual.

Status da Implementação Países Europeus Marco Global
Implementação total (QDMTT, IIR, UTPR) Noruega, Turquia, Reino Unido Regras Modelo Pilar Dois
Implementação parcial (QDMTT, IIR) Suíça, Islândia Adesão em andamento
Planejado ou em análise Diversos países Implantação escalonada em curso

As Regras Modelo da OCDE adotam três mecanismos essenciais: Qualified Domestic Minimum Top-up Tax (QDMTT), Income Inclusion Rule (IIR) e Undertaxed Profits Rule (UTPR). Essa estrutura multilayer garante tributação mínima uniforme para grupos multinacionais, independentemente da origem dos lucros. Os cronogramas de implementação, porém, variam bastante entre os países, alguns ainda em fase de consulta pública para adoção em 2026.

Gestão de ativos de ETFs de criptomoedas recua 33% em dois meses

Conteúdo

Em 2025, o segmento de ETFs de criptomoedas enfrentou forte volatilidade, com os ativos sob gestão (AUM) diminuindo consideravelmente em apenas dois meses. De acordo com dados de mercado, os ETFs de Bitcoin sofreram as maiores perdas, incluindo o iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT), que registrou resgates de US$2.3 bilhões, e o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC), segundo maior fundo, com retiradas de quase US$500 milhões no mesmo período.

Métrica Valor Impacto
Recorde de perdas em ETF de Bitcoin (novembro) US$3.7 bilhões Pior resultado em 3 anos
Recorde anterior de perdas (fevereiro) US$3.6 bilhões Comparativo histórico
Desvalorização do Bitcoin em relação ao pico 35% De US$126.000 para US$80.000
Saídas do iShares Bitcoin Trust US$2.3 bilhões Maior fundo da categoria

De acordo com estudo do Citi, cada US$1 bilhão retirado de ETFs de Bitcoin implica uma queda de cerca de 3,4% nos preços das criptomoedas. Os ETFs de Ethereum também foram pressionados, perdendo mais de US$1.6 bilhão apenas em novembro. Essa relação entre resgates de ETFs e variações de preço evidencia o peso desses instrumentos na dinâmica do mercado. A combinação de quedas de preços e retiradas de investidores gerou um ciclo de pressão negativa sobre os ativos digitais durante o período.

G7 firma acordo preliminar para excluir empresas-mãe dos EUA de regras tributárias específicas

Em um avanço relevante para a política tributária internacional, o Departamento do Tesouro dos EUA e os demais países do G7 — Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido — fecharam um acordo preliminar que garante proteção significativa às multinacionais americanas. Pelo entendimento, empresas-mãe dos EUA serão isentas dos impostos do Pilar Dois, uma concessão relevante no contexto do imposto mínimo global.

O acordo estabelece um "sistema paralelo" projetado para proteger multinacionais dos EUA de regras internacionais que poderiam resultar em tributação adicional em várias jurisdições. Esse mecanismo oferece salvaguarda contra a possibilidade de empresas americanas enfrentarem dupla tributação em diferentes países, elevando o ônus fiscal total.

Como parte do acordo, os Estados Unidos decidiram retirar a Seção 899 da proposta "One Big Beautiful Bill" em tramitação no Congresso — uma medida que representava retaliação contra práticas fiscais estrangeiras. Ao remover esse item, o Tesouro reforçou o compromisso com a cooperação internacional e garantiu vantagem às multinacionais americanas.

O entendimento reconhece as regras de imposto mínimo já vigentes nos EUA e busca maior estabilidade para o sistema tributário internacional. Ao validar o sucesso da implementação do Qualified Domestic Minimum Top-up Tax, o acordo preserva avanços do Marco Inclusivo e oferece segurança jurídica a grandes corporações globais. Essa solução equilibra interesses protecionistas e objetivos de cooperação multilateral.

FAQ

Qual será o valor de 1 Bitcoin em 2030?

Segundo projeções atuais, 1 Bitcoin pode chegar a valer entre US$250.000 e US$1 milhão até 2030, indicando forte potencial de valorização nos próximos anos.

Como estaria um investimento de US$1.000 em Bitcoin há 5 anos?

Um investimento de US$1.000 em Bitcoin há 5 anos hoje valeria mais de US$9.000 — uma valorização de 9 vezes, refletindo o crescimento expressivo do ativo ao longo do tempo.

Quem detém 90% dos bitcoins?

Os 1% maiores detentores de Bitcoin concentram cerca de 90% de todos os bitcoins, evidenciando forte concentração de propriedade entre investidores de alto patrimônio e pioneiros do mercado.

Quanto valem US$100 em Bitcoin atualmente?

Em 4 de dezembro de 2025, US$100 correspondem a aproximadamente 0,001078 Bitcoin (BTC), de acordo com o valor atual de mercado.

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