A antiga equipa do Signature Bank está de volta: criaram um banco "programável" com 72 milhões de dólares

A equipa veterana da Signature Bank voltou a mexer e lançou um novo grande projecto — acabam de lançar um banco chamado N3XT, com um conceito bastante arrojado: utiliza uma blockchain privada como base, com o foco principal no “dólar programável”.

Isto é assunto sério. A N3XT obteve a licença SPDI do Wyoming, e em três rondas de financiamento já angariou 72 milhões de dólares, com grandes nomes como Paradigm, HACK VC e Winklevoss Capital a entrar no capital. O ponto mais importante é que se distancia completamente dos bancos tradicionais — não concede empréstimos, não utiliza os depósitos para outros fins, e todo o dinheiro é mantido em reserva a 1:1 em numerário ou em títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo, com publicação diária do estado das reservas, garantindo transparência máxima.

A nível tecnológico, vão ainda mais longe: uma blockchain privada permite liquidação instantânea e as empresas podem usar contratos inteligentes para automatizar todo o tipo de transacções. Em termos simples, transformam a conta bancária numa API programável — uma verdadeira revolução para empresas que precisam de fazer liquidações internacionais frequentes.

A equipa tem credenciais sólidas. O CEO, Jeffrey Wallis, era responsável pela estratégia de ativos digitais no Signature Bank, e o fundador, Scott Shay, foi cofundador do Signature e o responsável pelo design do sistema de pagamentos criptográficos Signet. Agora, esta equipa traz consigo a experiência e tecnologia para atacar exactamente aquele segmento de mercado que os bancos tradicionais não conseguem ou não querem servir.

A combinação de reservas totais e blockchain está, no essencial, a redefinir o conceito de “o que é um banco seguro”.