Há dois dias, às três da manhã, um amigo meu que já anda nas criptomoedas há quase um ano ligou-me por chamada de voz. Assim que atendi, percebi logo que algo não estava bem — a voz dele tremia: "Mano, acabei de converter 800 mil USDT na plataforma e transferi para o meu cartão, ainda não passaram duas horas e o banco já me suspendeu imediatamente as operações não presenciais. Agora o dinheiro está preso na conta e até consultar o saldo aparece como anómalo."
Disse que ficou a olhar para aqueles números no ecrã do telemóvel e ficou totalmente apático. O dinheiro está lá na conta mas parece que está atrás de um vidro — vê-se mas não se consegue tocar. Esta sensação é pior do que perder dinheiro — pelo menos, quando se perde, sabe-se para onde foi. Ter o cartão congelado deixa uma pessoa completamente desamparada.
Muita gente anda nas criptos, a olhar para os gráficos até ficar com os olhos em bico, e depois de sobreviver a várias subidas e descidas e finalmente ganhar algum dinheiro, acaba por tropeçar neste último passo. O problema central costuma ser a “origem dos fundos” — o USDT que recebes pode não ter problema nenhum, mas quem te vendeu pode ter fundos a montante que estão ligados a actividades ilícitas, como dinheiro de crimes. Se algo acontecer a montante, todas as contas na cadeia podem ser investigadas.
Para deixar claro: cartão congelado ≠ fizeste algo ilegal. Se conseguires apresentar capturas de ecrã das transacções, provas das conversas, extractos de transferências e tudo mais, provando que as tuas transacções são legítimas, na grande maioria dos casos o cartão é desbloqueado. Mas o processo é mesmo uma dor de cabeça — em vez de andares depois a pedir declarações na polícia, mais vale prevenir e evitar riscos logo à partida.
Aqui ficam algumas dicas práticas:
**Primeiro, não poupes no cartão exclusivo para saídas de fundos.** Abre um cartão novo só para tratar de assuntos ligados às criptomoedas. Não uses o cartão do salário ou de despesas do dia-a-dia. Se alguma coisa correr mal, pelo menos não afeta o teu salário, pagamento da casa ou despesas correntes.
**Segundo, ao escolher o comerciante, não olhes só para o preço.** Faz OTC em grandes plataformas e não fiques só a olhar para quem tem o preço uns décimos mais alto. Vê há quanto tempo o comerciante está registado (( de preferência pelo menos dois anos )), o volume de transacções e as avaliações dos utilizadores. O barato sai caro, e isto aplica-se mesmo às saídas de fundos.
**Terceiro, atenção aos pormenores na operação.** Não transfiras grandes quantias de uma só vez, é mais seguro dividir em várias transacções. Prefere operar durante o dia e em dias úteis. Depois do dinheiro entrar, deixa-o ficar uns dias antes de mexer, não faças entradas e saídas imediatas. O sistema de controlo do banco é especialmente sensível a “entrada e saída rápida”.
Neste meio, saber ganhar é uma habilidade, mas conseguir guardar o dinheiro em segurança é que é a verdadeira mestria. Espero que estas dicas te ajudem a evitar dissabores e a manter o que ganhaste em segurança.
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FancyResearchLab
· 12-06 08:46
Em teoria, diversificar o risco pode reduzir a probabilidade de correlação, mas na prática a maioria das pessoas acaba por se auto-sabotar...
Há dois dias, às três da manhã, um amigo meu que já anda nas criptomoedas há quase um ano ligou-me por chamada de voz. Assim que atendi, percebi logo que algo não estava bem — a voz dele tremia: "Mano, acabei de converter 800 mil USDT na plataforma e transferi para o meu cartão, ainda não passaram duas horas e o banco já me suspendeu imediatamente as operações não presenciais. Agora o dinheiro está preso na conta e até consultar o saldo aparece como anómalo."
Disse que ficou a olhar para aqueles números no ecrã do telemóvel e ficou totalmente apático. O dinheiro está lá na conta mas parece que está atrás de um vidro — vê-se mas não se consegue tocar. Esta sensação é pior do que perder dinheiro — pelo menos, quando se perde, sabe-se para onde foi. Ter o cartão congelado deixa uma pessoa completamente desamparada.
Muita gente anda nas criptos, a olhar para os gráficos até ficar com os olhos em bico, e depois de sobreviver a várias subidas e descidas e finalmente ganhar algum dinheiro, acaba por tropeçar neste último passo. O problema central costuma ser a “origem dos fundos” — o USDT que recebes pode não ter problema nenhum, mas quem te vendeu pode ter fundos a montante que estão ligados a actividades ilícitas, como dinheiro de crimes. Se algo acontecer a montante, todas as contas na cadeia podem ser investigadas.
Para deixar claro: cartão congelado ≠ fizeste algo ilegal. Se conseguires apresentar capturas de ecrã das transacções, provas das conversas, extractos de transferências e tudo mais, provando que as tuas transacções são legítimas, na grande maioria dos casos o cartão é desbloqueado. Mas o processo é mesmo uma dor de cabeça — em vez de andares depois a pedir declarações na polícia, mais vale prevenir e evitar riscos logo à partida.
Aqui ficam algumas dicas práticas:
**Primeiro, não poupes no cartão exclusivo para saídas de fundos.**
Abre um cartão novo só para tratar de assuntos ligados às criptomoedas. Não uses o cartão do salário ou de despesas do dia-a-dia. Se alguma coisa correr mal, pelo menos não afeta o teu salário, pagamento da casa ou despesas correntes.
**Segundo, ao escolher o comerciante, não olhes só para o preço.**
Faz OTC em grandes plataformas e não fiques só a olhar para quem tem o preço uns décimos mais alto. Vê há quanto tempo o comerciante está registado (( de preferência pelo menos dois anos )), o volume de transacções e as avaliações dos utilizadores. O barato sai caro, e isto aplica-se mesmo às saídas de fundos.
**Terceiro, atenção aos pormenores na operação.**
Não transfiras grandes quantias de uma só vez, é mais seguro dividir em várias transacções. Prefere operar durante o dia e em dias úteis. Depois do dinheiro entrar, deixa-o ficar uns dias antes de mexer, não faças entradas e saídas imediatas. O sistema de controlo do banco é especialmente sensível a “entrada e saída rápida”.
Neste meio, saber ganhar é uma habilidade, mas conseguir guardar o dinheiro em segurança é que é a verdadeira mestria. Espero que estas dicas te ajudem a evitar dissabores e a manter o que ganhaste em segurança.