Depois de seis anos no mercado cripto, já passei por três ciclos completos de bull e bear market. Vi demasiados amigos a perseguir altas e a vender em pânico, acabando por ficar presos no topo e sair a perder. Como é que consigo acertar sempre no timing? Para ser sincero, não é por tentar prever os movimentos dos preços – isso é como jogar na lotaria, depende só da sorte.

Tenho de admitir, em 2018 também paguei o preço. Nessa altura, vi uma das moedas principais cair a pique para os 3200 dólares, achei que era uma oportunidade e entrei sem pensar duas vezes. O resultado? O preço continuou a cair até aos 2800, e o meu capital ficou preso ali, demorei meio ano até conseguir sair sem perdas. Esta lição fez-me perceber: nunca mais tomo decisões de trading só com “intuição”, é preciso encontrar sinais fiáveis de entrada.

**A minha estratégia principal: Média móvel dos 200 dias + regra de validação de três semanas**

Depois de ser “educado” pelo mercado, comecei a estudar indicadores técnicos. O método que uso hoje tem um princípio fundamental: não olho para o preço diário, só para a confirmação da tendência. Especificamente, sigo de perto a média móvel dos 200 dias, mas não entro só porque o preço a tocou – tem de cumprir três condições:

Durante três semanas consecutivas, o fecho semanal tem de estar acima da média móvel dos 200 dias, e cada fecho semanal tem de ser superior ao da semana anterior. Só quando estes três critérios são cumpridos ao mesmo tempo, considero esse um sinal fiável de início de bull market.

Parece demasiado conservador? Mas devagar é depressa. Em maio de 2020, quando este sistema deu sinal verde, entrei com uma posição pequena para testar. O resto já sabem: dos 9000 dólares disparou até aos 69000, mantive a posição o tempo todo, sem sair nas correções intermédias. Em novembro de 2023, o sinal apareceu outra vez, aumentei a posição sem hesitar, e em três meses subiu de 35000 para 48000, com lucros muito acima de quem tentou adivinhar o fundo.

Por que é que insisto nas três semanas? Porque...