Direto ao que interessa: usar títulos governamentais de curto prazo tokenizados — como bilhetes do Tesouro, notas promissórias e afins — como colateral para stablecoins é, na verdade, uma estratégia bastante sólida. Não é aquela “inovação” só no discurso; é trazer fluxos de caixa verificáveis do mundo off-chain para on-chain, de forma concreta.
Recentemente reparei num projeto que está a seguir exatamente esta via. Eles integraram os CETES do México( (títulos governamentais de curto prazo)) on-chain, passaram o motor RWA da fase de testes para produção real e ainda incluíram ativos reais de nível institucional como o JAAA e o JTRSY como opções de colateral. O whitepaper deles deixa claro que RWA e compliance são estratégias de longo prazo.
Porque é que este caminho faz sentido?
Porque títulos governamentais de curto prazo são, por natureza, excelentes como colateral: vencimento rápido, liquidez razoável, rendimento previsível. Não tens de te preocupar com uma implosão súbita do colateral ou com flutuações de preço descontroladas. Mais importante ainda, isto diversifica a base das stablecoins — deixam de depender de um único ativo, aumentando significativamente a resiliência ao risco.
Parece resposta de manual de finanças, certo? Mas a diferença aqui é: não é só um conceito em PowerPoint, é uma solução já com stack tecnológico operacional, ativos reais integrados e processos de compliance já em curso.
Claro que trazer ativos tradicionais para a blockchain não está isento de armadilhas. O que vou abordar a seguir é: que títulos tokenizados “têm pedigree” para entrar nos pools de colateral? Quais devem ser evitados? Como distinguir um projeto RWA sério de um mero conto de fadas?
Fica já o resumo: nem todos os títulos governamentais on-chain são fiáveis — liquidez, transparência de custódia e enquadramento legal são inegociáveis. Como filtrar? Já explico a seguir.
Ver original
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
12 Curtidas
Recompensa
12
6
Repostar
Compartilhar
Comentário
0/400
RetroHodler91
· 19h atrás
Espera aí, isto é algo que realmente funciona ou é mais um daqueles projectos do tipo "temos um whitepaper"? Colocar CETES mexicanos na blockchain até soa bem, mas quem é que garante que a conformidade do lado de lá está mesmo assegurada?
Ver originalResponder0
AltcoinHunter
· 23h atrás
Outra vez com essa conversa de RWA? Para ser sincero, desta vez até está melhor do que aquelas coisas totalmente sem lastro de antes. Pôr obrigações mexicanas na blockchain até soa interessante... Mas ainda assim não consigo confiar totalmente; só porque as finanças tradicionais estão envolvidas, já é garantido que será seguro? Esperem até à liquidação para verem se não choram depois.
Ver originalResponder0
OnChainDetective
· 23h atrás
ok, então eles estão mesmo a executar cetes on-chain em vez de só falarem sobre isso... padrão suspeito, no entanto, preciso de investigar primeiro a configuração da custódia deles
Ver originalResponder0
SpeakWithHatOn
· 23h atrás
Finalmente alguém conseguiu implementar o RWA na prática, e não ficou só na teoria.
Ver originalResponder0
New_Ser_Ngmi
· 23h atrás
É mais uma vez aquela história dos RWA, ativos reais em blockchain — já ouvimos falar disso há anos. Desta vez é um pouco diferente?
Ver originalResponder0
BrokenRugs
· 23h atrás
Ah, isto… finalmente a tokenização de ativos do mundo real não é só conversa fiada, tem algum interesse.
Direto ao que interessa: usar títulos governamentais de curto prazo tokenizados — como bilhetes do Tesouro, notas promissórias e afins — como colateral para stablecoins é, na verdade, uma estratégia bastante sólida. Não é aquela “inovação” só no discurso; é trazer fluxos de caixa verificáveis do mundo off-chain para on-chain, de forma concreta.
Recentemente reparei num projeto que está a seguir exatamente esta via. Eles integraram os CETES do México( (títulos governamentais de curto prazo)) on-chain, passaram o motor RWA da fase de testes para produção real e ainda incluíram ativos reais de nível institucional como o JAAA e o JTRSY como opções de colateral. O whitepaper deles deixa claro que RWA e compliance são estratégias de longo prazo.
Porque é que este caminho faz sentido?
Porque títulos governamentais de curto prazo são, por natureza, excelentes como colateral: vencimento rápido, liquidez razoável, rendimento previsível. Não tens de te preocupar com uma implosão súbita do colateral ou com flutuações de preço descontroladas. Mais importante ainda, isto diversifica a base das stablecoins — deixam de depender de um único ativo, aumentando significativamente a resiliência ao risco.
Parece resposta de manual de finanças, certo? Mas a diferença aqui é: não é só um conceito em PowerPoint, é uma solução já com stack tecnológico operacional, ativos reais integrados e processos de compliance já em curso.
Claro que trazer ativos tradicionais para a blockchain não está isento de armadilhas. O que vou abordar a seguir é: que títulos tokenizados “têm pedigree” para entrar nos pools de colateral? Quais devem ser evitados? Como distinguir um projeto RWA sério de um mero conto de fadas?
Fica já o resumo: nem todos os títulos governamentais on-chain são fiáveis — liquidez, transparência de custódia e enquadramento legal são inegociáveis. Como filtrar? Já explico a seguir.