A 5 de dezembro, o Secretário-Chefe do Gabinete do Japão, Minoru Kihara, declarou publicamente: se o mercado cambial sofrer flutuações excessivas e desordenadas, o governo intervirá no momento oportuno. Isto soa bastante firme, mas a história por detrás não é assim tão simples.
O mercado cambial sempre foi uma zona sensível. Quando a taxa de câmbio do iene sofre oscilações acentuadas, o impacto não se resume apenas a números — os custos das empresas exportadoras e importadoras mudam instantaneamente, os lucros e perdas dos investimentos transfronteiriços invertem-se de um momento para o outro, e até as carteiras das pessoas comuns encolhem. Sendo a terceira maior economia do mundo, a estabilidade cambial do Japão afeta todo o sistema produtivo. Esta declaração de Minoru Kihara é claramente um aviso preventivo ao mercado.
Mas surge a questão: como é que o governo vai intervir? E quando?
Neste momento, ninguém sabe ao certo. O mercado cambial é, por natureza, um campo de batalha de múltiplos fatores — a mudança de política da Reserva Federal dos EUA, alterações repentinas na geopolítica, volatilidade nos preços das matérias-primas, qualquer uma destas variáveis pode pôr as taxas de câmbio numa montanha-russa. Mesmo que o Banco do Japão intervenha com grandes quantidades de dinheiro, ninguém garante que o efeito se mantenha por muito tempo.
Para os investidores, este assunto merece atenção.
Quem detém ativos em ienes deve seguir de perto os sinais políticos; quem negoceia derivados cambiais não deve deixar-se levar pelas oscilações de curto prazo; e, para os amigos no mercado das criptomoedas, não pensem que isto não vos diz respeito — se a liquidez do iene apertar, o impacto nos mercados de ativos digitais é imediato. O mercado nunca falta a oportunidades, mas quem aposta cegamente costuma acabar mal.
Lembrem-se de uma coisa: as notícias servem de referência, não de gatilho.
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NFTArchaeologist
· 10h atrás
Mais uma vez a falar de boca cheia, estão à espera de despejar dinheiro. Como é que o iene vai aguentar esta jogada?
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HodlOrRegret
· 12-05 08:52
O Japão voltou a fazer ameaças, mas já ouvimos este discurso demasiadas vezes... No momento crucial, o que conta mesmo é saber se o banco central tem dinheiro suficiente.
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LayerHopper
· 12-05 08:51
É a mesma velha história, o governo intervém para estabilizar o mercado... Só quando for realmente necessário injetar dinheiro é que saberemos qual será o efeito.
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GateUser-44a00d6c
· 12-05 08:30
É sempre o mesmo discurso, até quando é que a intervenção do banco central com injeção de capital vai resultar? A verdadeira variável está do lado da Reserva Federal dos EUA.
A 5 de dezembro, o Secretário-Chefe do Gabinete do Japão, Minoru Kihara, declarou publicamente: se o mercado cambial sofrer flutuações excessivas e desordenadas, o governo intervirá no momento oportuno. Isto soa bastante firme, mas a história por detrás não é assim tão simples.
O mercado cambial sempre foi uma zona sensível. Quando a taxa de câmbio do iene sofre oscilações acentuadas, o impacto não se resume apenas a números — os custos das empresas exportadoras e importadoras mudam instantaneamente, os lucros e perdas dos investimentos transfronteiriços invertem-se de um momento para o outro, e até as carteiras das pessoas comuns encolhem. Sendo a terceira maior economia do mundo, a estabilidade cambial do Japão afeta todo o sistema produtivo. Esta declaração de Minoru Kihara é claramente um aviso preventivo ao mercado.
Mas surge a questão: como é que o governo vai intervir? E quando?
Neste momento, ninguém sabe ao certo. O mercado cambial é, por natureza, um campo de batalha de múltiplos fatores — a mudança de política da Reserva Federal dos EUA, alterações repentinas na geopolítica, volatilidade nos preços das matérias-primas, qualquer uma destas variáveis pode pôr as taxas de câmbio numa montanha-russa. Mesmo que o Banco do Japão intervenha com grandes quantidades de dinheiro, ninguém garante que o efeito se mantenha por muito tempo.
Para os investidores, este assunto merece atenção.
Quem detém ativos em ienes deve seguir de perto os sinais políticos; quem negoceia derivados cambiais não deve deixar-se levar pelas oscilações de curto prazo; e, para os amigos no mercado das criptomoedas, não pensem que isto não vos diz respeito — se a liquidez do iene apertar, o impacto nos mercados de ativos digitais é imediato. O mercado nunca falta a oportunidades, mas quem aposta cegamente costuma acabar mal.
Lembrem-se de uma coisa: as notícias servem de referência, não de gatilho.