Os preços do crude recuaram ligeiramente após uma forte subida nas últimas sessões. Esta queda surge enquanto os investidores ponderam dois grandes fatores imprevisíveis: as tensões contínuas em torno da Ucrânia e o que a Fed poderá sinalizar a seguir.

Os mercados de energia vinham a beneficiar de um sentimento de maior apetência pelo risco, mas o ímpeto está a abrandar. A incerteza geopolítica na Europa de Leste mantém todos em alerta — as perturbações no fornecimento continuam a ser uma ameaça real caso a situação escale. Entretanto, todas as atenções estão voltadas para a Reserva Federal dos EUA. Qualquer indicação de uma postura mais agressiva poderá fortalecer o dólar e pressionar ainda mais os preços das matérias-primas.

É aquele clássico braço de ferro. Os riscos geopolíticos empurram o petróleo para cima, mas os ventos contrários macroeconómicos, resultantes do aperto monetário dos bancos centrais, puxam-no para baixo. Para já, o mercado está preso no meio, e é provável que a volatilidade continue à medida que estas narrativas se desenrolam.