Ontem às três da manhã, um amigo enviou uma captura de ecrã no grupo — saldo da conta: 0,00 USDT.

"Mano, salva-me, perdi todo o capital de 80 mil, ainda usei alavancagem, bastou uma queda de pouco mais de 2% para ir tudo a zero... Isto é ainda mais absurdo do que evaporar!"

Abri o histórico dele e fiquei em choque: uma posição única de 78 mil, linha de stop-loss? Nem sequer definiu. Isto é o típico “abrir posição à jogador”, exatamente o mesmo erro que a maioria dos novatos comete — acham que só se valorizam a oportunidade se puserem todo o dinheiro.

Acordem! Ir all-in nunca foi medalha de coragem, é como correr nu numa autoestrada: nem é preciso o carro bater, o vento já te leva.

Muita gente acha que “all-in = grande capacidade de resistência ao risco”, o que é tão absurdo quanto achar que “beber muita água quente evita morrer por ficar acordado até tarde”. Faço trading de contratos há seis anos, nos primeiros dois perdi tudo duas vezes por ganância, quase partia o teclado. Só depois percebi: o verdadeiro culpado por esvaziar a conta não é a alavancagem, é encher demais a posição e não deixar espaço para respirar.

Vamos fazer bem as contas:
- Com um capital de 80 mil, se colocares 78 mil num contrato altamente alavancado, uma variação contrária de 4% e sais logo do jogo, sem hipótese de recuperar;
- Mas se investires só 15 mil para testar, mesmo que percas 40% ainda te sobra mais de metade do capital, sempre pronto para ajustar a estratégia e voltar ao jogo.

O meu amigo disparou 97% das munições de uma só vez, e bastou o mercado tossir para a conta dele ir direta para os cuidados intensivos, sem salvação.

Hoje não guardo segredos, a seguir vou falar sobre como passei de “profissional a rebentar contas” para ter lucros consistentes —