Falando do desempenho da Dogecoin em dezembro, os dados históricos são bastante interessantes. Esta moeda é sempre cheia de dramatismo no último mês do ano — por vezes dispara, outras vezes desaba, são dois extremos completos.

Vejamos primeiro o balanço deste novembro: caiu 21,3%. Esta queda, tendo em conta o contexto de fraqueza de todo o mercado cripto, na verdade não é assim tão surpreendente. Se voltarmos aos dados da CryptoRank, vemos que outubro já tinha registado uma queda de 20%, ou seja, dois meses consecutivos de quebras a dois dígitos.

E agora surge a questão: com esta queda em novembro, como será dezembro?

A experiência histórica não dá uma resposta muito otimista. As tendências dos últimos anos mostram que, quando novembro fecha em queda, normalmente esse ímpeto descendente prolonga-se em dezembro.

Veja-se o caso de 2021: novembro caiu 23,4% e dezembro continuou com uma queda de 20,7%. Em 2022 foi ainda mais severo — novembro desceu 14,6%, o que até foi moderado, mas dezembro veio com uma queda abrupta de 34,7%. Este efeito de “quedas sucessivas” repete-se várias vezes nos gráficos históricos da Dogecoin.

Desde o último bull market até ao ciclo atual, esta memecoin já passou por várias correções significativas. Cada queda em novembro parece quase definir o tom para o ano seguinte — não quer dizer que vá necessariamente cair, mas este ponto de partida muitas vezes antecipa uma mudança no sentimento do mercado.

A queda de 21,3% em novembro de 2025 está exatamente no nível médio para esta altura do ano. Se seguirmos o padrão dos anos anteriores, as perspetivas para dezembro não são muito animadoras. Claro que os dados históricos são apenas um guia e o mercado está sempre cheio de incertezas, mas pelo menos este sinal merece atenção.