Recentemente vi uma afirmação interessante: a saída massiva de talentos de topo de certas regiões enfraquece a maior vantagem dos mercados desenvolvidos na competição tecnológica — a capacidade de atrair e reter talentos.
Espera lá, essa lógica não faz sentido. Se os mercados desenvolvidos realmente conseguissem monopolizar os melhores talentos do mundo, incluindo aqueles “prodígios” formados com enormes recursos educacionais, à partida, a diferença só deveria aumentar cada vez mais, certo?
O mais surreal é isto: por um lado, dizem que os sistemas de ensino dos mercados emergentes têm inúmeros problemas e por isso há fuga de cérebros; por outro, têm receio de serem ultrapassados. Afinal, o problema está no sistema do lado que recebe ou no ambiente em geral?
Olha para o exemplo da Índia: CEOs no Vale do Silício, executivos de multinacionais — indianos estão por toda a parte, isso sim é verdadeira exportação de talento. Mas qual é o resultado? Não se viu nenhum mercado garantir sucesso absoluto só por “atrair” talento indiano.
No fim de contas, no Web3 e na indústria cripto é igual — a verdadeira inovação nunca se constrói apenas “roubando” pessoas. Os melhores talentos são importantes, mas o ecossistema, os mecanismos e a estratégia de longo prazo é que são a verdadeira vantagem competitiva. A simples entrada de talento não equivale a vantagem absoluta — esta lógica aplica-se a qualquer sector.
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GateUser-26d7f434
· 15h atrás
Amigo, gosto da tua lógica, desmonta completamente essa teoria da “sucção de talentos”.
O exemplo da Índia é mesmo genial, tantos anos a atrair talentos e no fim de contas, não se viu os mercados ocidentais ganhar sem esforço. No fundo, o que importa é o ecossistema, não é só uma questão de quantidade de pessoas.
No web3 é igual, montes de projectos só sabem gastar dinheiro a recrutar grandes influenciadores, mas inovação que é bom, nada. Pelo contrário, são os pequenos ecossistemas que acabam por aparecer. Muito fixe.
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token_therapist
· 15h atrás
Isto é treta, continua a ser um problema de ecossistema, o talento é só a ponta do iceberg.
A Índia exporta talento há tantos anos, mas a inovação central continua no Ocidente, não é? É assim tão difícil perceber a lógica?
No Web3 isto é ainda mais evidente, podes ter montes de génios mas sem um mecanismo de consenso isto vai abaixo na mesma, não fiquem só obcecados em recrutar pessoas.
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GateUser-beba108d
· 15h atrás
Só com uma lógica interna coerente é que se pode ir longe; só recrutar pessoas já está ultrapassado há muito tempo, o ecossistema é que é o caminho certo.
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RektButSmiling
· 16h atrás
O que mais falta a quem escreve este tipo de artigos é precisamente a coerência lógica. A atração de talento existe, sem dúvida, mas no fim de contas trata-se de uma questão de ecossistema. Só tentar recrutar pessoas? Impossível. Não chegam já as lições duras que o Web3 tem dado nestes últimos anos?
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0xLuckbox
· 16h atrás
Esta lógica é realmente confusa, parece que estamos a assustar-nos a nós próprios.
Mobilidade de talento ≠ colapso do ecossistema, esta parte não foi suficientemente compreendida.
O exemplo da Índia está aí, mas ainda assim foi com inovação local que conseguiram dar a volta por cima.
No Web3 é igual, capital e talento não constroem sozinhos uma vantagem competitiva.
A construção do ecossistema é o fundamental, só roubar talento não serve de nada.
Recentemente vi uma afirmação interessante: a saída massiva de talentos de topo de certas regiões enfraquece a maior vantagem dos mercados desenvolvidos na competição tecnológica — a capacidade de atrair e reter talentos.
Espera lá, essa lógica não faz sentido. Se os mercados desenvolvidos realmente conseguissem monopolizar os melhores talentos do mundo, incluindo aqueles “prodígios” formados com enormes recursos educacionais, à partida, a diferença só deveria aumentar cada vez mais, certo?
O mais surreal é isto: por um lado, dizem que os sistemas de ensino dos mercados emergentes têm inúmeros problemas e por isso há fuga de cérebros; por outro, têm receio de serem ultrapassados. Afinal, o problema está no sistema do lado que recebe ou no ambiente em geral?
Olha para o exemplo da Índia: CEOs no Vale do Silício, executivos de multinacionais — indianos estão por toda a parte, isso sim é verdadeira exportação de talento. Mas qual é o resultado? Não se viu nenhum mercado garantir sucesso absoluto só por “atrair” talento indiano.
No fim de contas, no Web3 e na indústria cripto é igual — a verdadeira inovação nunca se constrói apenas “roubando” pessoas. Os melhores talentos são importantes, mas o ecossistema, os mecanismos e a estratégia de longo prazo é que são a verdadeira vantagem competitiva. A simples entrada de talento não equivale a vantagem absoluta — esta lógica aplica-se a qualquer sector.