A Moore Threads entrou hoje na bolsa A-share e abriu diretamente a disparar para 650 euros, sendo que o preço de emissão era só 114 — uma valorização realmente explosiva. Mas o mais interessante está nos detalhes do pregão: na primeira hora, a taxa de rotação já ultrapassava os 60%, com uma luta feroz entre compradores e vendedores.

Para ser sincero, ver um preço de abertura tão elevado manter-se estável sem colapsar foi bastante surpreendente. Tirando aquele pequeno recuo nos primeiros 7 minutos após a abertura, o gráfico intradiário manteve-se praticamente estável, sem quedas descontroladas. Esta estabilidade é rara para uma nova cotada.

Mas a questão é — o que realmente interessa a todos não é o desempenho de hoje, mas sim como será daqui para a frente. Quem conseguiu ações na subscrição está a ponderar se deve vender, enquanto quem está de fora está indeciso se deve entrar.

De forma objetiva, a Moore Threads apanhou o pico do entusiasmo pelos conceitos de GPU nacional e chips de IA, por isso é natural que o mercado a premie com um certo valor extra. Mas, por outro lado, com uma abertura tão alta, quanto espaço resta para continuar a subir?

Há muitos exemplos históricos de ações que entram em bolsa em máximos, especialmente durante ciclos de grande entusiasmo no setor, e depois têm desempenhos bastante negativos. Quando o mercado é guiado pela emoção, a racionalidade tende a perder peso.

Por isso, neste momento, observar com calma pode ser mais sensato do que correr atrás do preço. Se o capital mostrar alguma contenção, até pode ser benéfico para a evolução a longo prazo.